. Um par de sapatos - Parte...
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. A espera
(imagem tirada da net)
Onde estás? Preciso do teu abraço. Preciso do teu colo. Preciso de um lugar onde apoiar esta cabeça que dói de tanto pensar, de não saber se te devo procurar ou esperar que me encontres. Onde estás tu que hás-de vir com bilhete só de vinda, nessa carruagem sem lugar definido para parar? Mas sei que hás-de encontrar um caminho que te trará até mim, e eu hei-de estar preparada, com beijos e abraços, pois a viagem pode ter sido longa.
Há momentos em que me entristeço por não saber se estás perto. Outros em que me alegro por perceber que já faltou mais para te encontrar, para te reconhecer no meio de tanta gente que passa. Uns passam a correr, outros param um pouco, mas todos deixam algo, pequenos sinais que me dizem que não há-de faltar muito para poder olhar para ti. Para poder ver o teu sorriso e me apaixonar por ele. Para poder recriá-lo a cada dia nos teus lábios. Quero ser o pincel que te desenha o sorriso numa tela inventada por nós, pintar um arco-íris de momentos e esperar a tinta secar, para que esses momentos nunca mais se apaguem.
Um dia vou poder dar-te a mão e sentir que te toco a alma. Vou poder fechar os olhos e ficar a sentir o teu cheiro. Um dia vou poder ficar abraçada a ti, olhando pela janela, vendo a chuva cair. Olhar para o céu numa noite de trovoada e ver fogo-de-artifício. Vou poder amar-te enquanto a chuva leva as lágrimas que chorei no passado. E de manhã, quando o sol mostrar o primeiro raio, vou ter a certeza que a vida me corre na alma e comecei a ser feliz.
Para ti… onde quer que estejas.
P.S: Não deixem de ouvir a música... Incrivelmente LINDA!
(imagem tirada da net)
O tempo confunde-me. Umas vezes é tão pouco e parece tanto, outras é tanto e parece que não chega.
É tão pouco para sorrir quando estás com quem te faz sentir bem.
É tão pouco quando estás de passagem num lugar onde nunca foste.
É tão pouco para viver tudo o que sonhas.
É tão pouco para sentir um pouco mais o que te dá prazer.
É tão pouco para descansar entre uma dor e a outra.
É tão pouco para esquecer alguém que nos magoou.
É tão pouco para cheirar mais uma flor, para dar mais um beijo, para secar mais uma lágrima.
Mas é demais quando a luta ainda nem vai a meio.
É demais para esperar por alguém que não se sabe se volta.
É demais para percorrer uma estrada, atravessar um oceano, sobrevoar o céu… e chegar ao destino.
É demais quando alguém te aponta o dedo, te julga erradamente.
É demais quando tens sede e não tens água por perto.
É demais quando estás longe de casa e aquela saudade aperta.
É demais quando não fazes o que gostas.
É demais quando se está doente.
O tempo é amigo, conselheiro, professor e médico.
É sonho sonhado ou realizado.
É história escrita ou por escrever.
É vida vivida e vida a nascer.
(imagem tirada da net)
Imaginemos uma aranha, suspensa por um único fio de seda algures num lugar muito ventoso. Essa aranha está um tanto à deriva, sem saber bem o que fazer com o tal fio que a segura. Não sabe se há-de usá-lo para construir a sua teia, ou se deve largá-lo e ir tecer outra teia num lugar mais calmo. Ela ainda não decifrou se esse fio de seda, que a tem mantido ligada àquele lugar, é o primeiro fio de uma teia, de um projecto incompleto, ou o último de um projecto que não teve “patas” para andar.
Por um lado, tentar construir uma teia num lugar onde o vento é tão instável, poderia vir a ser uma vantagem no que toca a conseguir alimento. Certamente muita bicharada desgovernada cairia na sua teia. No entanto, tal construção implicaria demasiado esforço e sacrifício, e provavelmente chegaria ao fim do dia sem conseguiria saborear devidamente “o prato”.
Por outro lado, optar por tecer uma teia num lugar mais calmo poderia nem proporcionar tanto alimento, mas certamente seria uma teia mais segura de construir, menos susceptível a quedas e fios quebrados. No final do dia não teria desperdiçado energia e por sua vez a necessidade de a repor seria mínima. Nem precisaria de muito alimento e sobraria muito mais tempo para apreciar a refeição.
Contudo, temos de admitir que por vezes os cenários mudam. Uma pequena brisa pode muito bem ser o começo de um tornado, e um vendaval pode ser apenas passageiro e logo a calmaria se instala…
Depois de uma noite sem dormir... pensando... sonhando... lembrando... sorrindo... chorando... Esta música diz tudo o que eu não consigo escrever agora... porque não dormi... (mas nem tudo o que ela diz eu subscrevo). É simplesmente linda...
(imagem tirada da net)
Hoje apetece-me apenas fechar os olhos e sonhar. Fazer com que a letra desta música seja o meu sonho…
Então a música toca e eu deixo-me envolver. Sinto… o coração bate mais depressa. Quero… quero que este sonho seja a minha verdade. Quero tanto que até dói.
Sinto um quentinho no peito, um aconchego bom. Um sonho guardado desde sempre, que não consegue mais estar fechado neste coração triste. Algo tão lindo não deveria ser obrigado a não passar de um sonho. Algo tão puro deveria viver… deveria crescer e dar luz aos corações.
E aqui estou eu… só a sonhar. A ganhar asas e voar. Tão longe quanto um sonho pode ir, tão alto como a queda que ainda suporto… só para sorrir mais um pouco, só para ser feliz mais um instante. Só para ter algo escrito para te ler um dia. Um dia, quando já não fores só um sonho…
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