(imagem tirada da net)
Procuro no que os outros escreveram as palavras capazes de descrever o que sinto, pois as minhas próprias palavras se esgotaram. Parece que estou a ficar seca, com pensamentos cheios de dor que me paralisam, ou simplesmente de pensamentos vazios de sentido lógico. Nada do que eu possa dizer transmitirá o que gostaria, o verdadeiro sentido das coisas. No entanto, encontrei algo que me diz o que há muito procurava dentro de mim e não encontrava… aqui.
Fico simplesmente a olhar a chuva cair sem conseguir dizer o que for. A chuva cai, sobre mim enquanto eu giro sob ela á espera que o céu me devolva algo que eu nunca tive. À espera de que a ilusão que vivi passe a ser a verdadeira realidade. Mas o céu só me manda a chuva, pequenas gotas que deslizam pelo meu rosto, que me caem nas mãos. O único brilho que vejo é o brilho de um chão molhado, escorregadio. Tenho medo de escorregar, de fazer o que o medo me leva a fazer em vez do que penso e sinto… mas eu não sei o que sinto. Não sei se te amo de verdade ou se apenas tenho medo de voltar a estar só. Creio que um pouco de ambos. Creio que o meu coração te ama, porque apesar de tudo o que o medo me leva a sentir, o não querer estar só, o falso sentimento de estabilidade e segurança que sinto por te ter comigo, sei que vou ser capaz de te deixar abrir as asas para poderes ser livre, de amarras, de sentimentos estagnados. Sentimentos que fazem mal. Sentimentos que nunca julguei ter dentro de mim, que me prendem e te prendem, mas que surgiram, e agora tenho de lidar com eles. Preciso domá-los, preciso entendê-los e arrumá-los, e não sei se serei capaz se não te libertar, se não te deixar ser quem tu és. Estou consciente que esse será o primeiro passo para a minha “cura”, para a minha aprendizagem. Sinto que a nossa história foi como um estágio, para uma nova etapa da vida de ambos, para testar a nossa resistência e existência, no fundo para sabermos bem quem somos. Contigo aprendi um pouco mais sobre mim, porque, pela diferença consegui ver, ainda que não muito bem o que sou, mas o que não sou.
(imagem tirada da net)
A chuva corre lá fora, rua abaixo, por entre pedras e piriscas de cigarro. Lava passeios, olhos tristes e almas cheias de culpas e medos. Leva também as pegadas dos meus sapatos altos, enquanto danço contigo, no meio da rua, uma valsa vianense, de roupa colada no corpo… entre beijos de mel e amor… como nos filmes. Entretanto vou voltando a mim, aterro neste lugar escondido entre quatro paredes, com a testa já fria do vidro da janela, de olhos postos na rua. E o pensamento que já ia tão longe… que nem folha de árvore na beira da estrada em dias de tempestade, como o de hoje. Sem ter dado conta já a chuva me tinha levado para bem longe daqui. Já andava outra vez nesse lugar, no país dos romances e das paixões embriagantes, que me dispersam e me roubam o tempo e o chão. Tempo que eu perco em viagens sem destino certo. Chão que eu não encontro cada vez que regresso. Preciso tirar umas férias desse lugar! Preciso passar uns tempos sem lá voltar…
Parecendo que não, estes dias até me fazem bem. Ajudam-me a tomar decisões.
(imagem tirada da net)
Chove lá fora!
Em cada dia tu regas o meu peito como um jardim selvagem...
Tu, a núvem que passa...
Que não resiste e chora...
Que não se quer ir embora...
Então fica, permanece...
Fica o tempo que quiseres.
Deixa-te ficar em cada gota,
deixa-te cair... até me encontrares!
Deslizante, tocante, inebriante...
. A energia de um sorriso.....
. Úteis
. Befunky
. Olhares
. Interessantes
. BisLeya
. Eu não sou uma traça, sou uma borboleta!
. Raio ionizado de fissão cerebral!
. Manualidades
. BijouxKa