(imagem tirada da net)
Hoje quis pegar numa qualquer geringonça, dessas cheias de tecnologia e tirar-te um retrato, mas nenhuma delas foi capaz de reproduzir com exactidão quem tu és. Nenhuma máquina é capaz de captar a leveza do teu sorriso num encadear de momentos infinitamente pequenos. Podem até mostrar a cor dos teus olhos, o brilho que eles emanam, mas nenhuma é capaz de mostrar o que está para além desse olhar. A força e a vida que te inspiram e te fazem andar com estrelas no lugar de olhos.
Nenhuma máquina mostra as tuas verdadeiras cores… O azul do céu que crias onde quer que estejas, do amigo leal que és, da subtileza de gestos e palavras, dos teus sonhos e pensamentos, do ar que respiras e suspiras. O verde da tua esperança e da que colocas, sempre que é preciso, no colo de quem de ti se aproxima, mas também da frescura dos lugares que mais gostas, da tua juventude e instinto protector. O amarelo da alegria, da tua luz, da energia que passas em tudo o que fazes, e do teu optimismo. O laranja da tua agilidade e espontaneidade que tanto já me fizeram rir e sorrir. O vermelho das paixões, dos amores tocados, sentidos e assimilados pelas tuas próprias mãos. O castanho dos teus cabelos, das responsabilidades a que nunca viras costas, da maturidade, da simplicidade, e do conforto que é ter-te por perto. O preto do mistério que há em ti por vezes, da magia, e também da dignidade, que é a tua medalha no peito. E o branco da paz, calma e inocência que ainda guardas em ti, capazes de tornar a coisa mais simples que faças na mais deliciosa.
Nenhuma máquina pode mostrar o reflexo da alma que preenche o teu corpo de vida e de verdade. Nenhum objecto foi inventado ainda, capaz de representar numa imagem, um corpo e uma alma, num só.
(imagem tirada da net)
Quero deixar a marca do que és para mim, do que quero guardar sempre de ti. Quero deixar escrito porque as palavras eternizam o que a memória pode esquecer. O tempo e as circunstâncias podem não estar a nosso favor, agora. Mas eu já te escolhi para morar no meu peito. Como uma galáxia que por algum motivo atrai a outra, e traça de antemão o desenho a que alguns chamam destino, fomos atraídos um para o outro ainda antes de o sabermos. Então chocámos. Chocámos porque assim já estava escrito, traçado. Sinto-o.
Sei que as minhas palavras não serão retrato fiel do que guardarei em mim. Sei apenas que é grande, que é luminoso, generoso. Sei apenas que és tu. Sei que está selado, lacrado, cimentado em mim. São emoções que desenham uma alma maior, que resgatam em mim aquilo que trago da eternidade, aquilo que trago da origem de mim mesma. O meu Eu mais nobre, mais puro.
Não vai ser o tempo nem o espaço que vão mudar o que já esta marcado, tatuado. Não vai ser o mundo a escrever aquilo que só nós podemos. E se não pode ser agora, se não tem de ser agora, saberei esperar. E mesmo se não tiver mais de ser, saberei aceitar. Mas se o que está traçado é que a tua vida e a minha se cruzem, por motivos que só o Universo saberá, no tempo e no espaço que for preciso, estou certa que o meu Eu saberá reconhecer.
Tudo o que temos pode parecer pouco, pequenos pedaços de céu que fomos fazendo. Doces momentos. Suaves, intensos, profundos. Mas quando somados são tanto, são tudo… São tudo porque quando aconteceram tudo o resto ficou pequeno, parecido com nada.
Seremos sempre como um arco-íris. Percorremos todas as cores. Juntamos umas, criamos outras… mas é no céu que alcançamos a plenitude e a força, no céu que se cria quando tudo parece estar distante, e no aqui e agora restamos apenas nós…
P.S.: Não há pontos finais em histórias inacabadas…
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