. Uma aranha e um fio de se...
. O teu retrato, as tuas co...
. Dois sonhos, dois destino...
(imagem tirada da net)
Imaginemos uma aranha, suspensa por um único fio de seda algures num lugar muito ventoso. Essa aranha está um tanto à deriva, sem saber bem o que fazer com o tal fio que a segura. Não sabe se há-de usá-lo para construir a sua teia, ou se deve largá-lo e ir tecer outra teia num lugar mais calmo. Ela ainda não decifrou se esse fio de seda, que a tem mantido ligada àquele lugar, é o primeiro fio de uma teia, de um projecto incompleto, ou o último de um projecto que não teve “patas” para andar.
Por um lado, tentar construir uma teia num lugar onde o vento é tão instável, poderia vir a ser uma vantagem no que toca a conseguir alimento. Certamente muita bicharada desgovernada cairia na sua teia. No entanto, tal construção implicaria demasiado esforço e sacrifício, e provavelmente chegaria ao fim do dia sem conseguiria saborear devidamente “o prato”.
Por outro lado, optar por tecer uma teia num lugar mais calmo poderia nem proporcionar tanto alimento, mas certamente seria uma teia mais segura de construir, menos susceptível a quedas e fios quebrados. No final do dia não teria desperdiçado energia e por sua vez a necessidade de a repor seria mínima. Nem precisaria de muito alimento e sobraria muito mais tempo para apreciar a refeição.
Contudo, temos de admitir que por vezes os cenários mudam. Uma pequena brisa pode muito bem ser o começo de um tornado, e um vendaval pode ser apenas passageiro e logo a calmaria se instala…
(imagem tirada da net)
Hoje quis pegar numa qualquer geringonça, dessas cheias de tecnologia e tirar-te um retrato, mas nenhuma delas foi capaz de reproduzir com exactidão quem tu és. Nenhuma máquina é capaz de captar a leveza do teu sorriso num encadear de momentos infinitamente pequenos. Podem até mostrar a cor dos teus olhos, o brilho que eles emanam, mas nenhuma é capaz de mostrar o que está para além desse olhar. A força e a vida que te inspiram e te fazem andar com estrelas no lugar de olhos.
Nenhuma máquina mostra as tuas verdadeiras cores… O azul do céu que crias onde quer que estejas, do amigo leal que és, da subtileza de gestos e palavras, dos teus sonhos e pensamentos, do ar que respiras e suspiras. O verde da tua esperança e da que colocas, sempre que é preciso, no colo de quem de ti se aproxima, mas também da frescura dos lugares que mais gostas, da tua juventude e instinto protector. O amarelo da alegria, da tua luz, da energia que passas em tudo o que fazes, e do teu optimismo. O laranja da tua agilidade e espontaneidade que tanto já me fizeram rir e sorrir. O vermelho das paixões, dos amores tocados, sentidos e assimilados pelas tuas próprias mãos. O castanho dos teus cabelos, das responsabilidades a que nunca viras costas, da maturidade, da simplicidade, e do conforto que é ter-te por perto. O preto do mistério que há em ti por vezes, da magia, e também da dignidade, que é a tua medalha no peito. E o branco da paz, calma e inocência que ainda guardas em ti, capazes de tornar a coisa mais simples que faças na mais deliciosa.
Nenhuma máquina pode mostrar o reflexo da alma que preenche o teu corpo de vida e de verdade. Nenhum objecto foi inventado ainda, capaz de representar numa imagem, um corpo e uma alma, num só.
(imagem tirada da net)
Voltaste a sair por essa porta sem data definida para voltar…
Tenho sonhos intercalados… que vou sonhando nas noites que passo com metade da cama deserta…
Numas noites sonho que um dia voltas… chegas passadas muitas semanas. Semanas que sinto como anos, que me envelhecem a cara e o corpo por não te sentir perto, alimentando a minha pele… Chegas de soslaio, em passos surdos. Dois ou três dias antes da tua volta, fui recebendo várias cartas, uma por cada dia. Nelas tu ias descrevendo o caminho que foste obrigado a percorrer desde o dia que nos olhámos pela última vez. Por onde andaste, aquilo que te levou a partir, os teus medos, as tuas escolhas, as tuas vitórias… e o que fez com que voltasses. Tudo tu registaste. A última porém, sem endereço de partida, aliás, como todas as outras, trazia um sabor diferente. Nela estava tudo o que eu gostaria de ouvir da tua boca. Dizias estar disposto a lutar… por mim. A aceitar que me queres por perto, independentemente de para onde o vento decidisse soprar a nossa vela. Estavas disposto a ser corajoso. E é isso que me dizes no sonho, olhando-me, depois de tanto tempo longe, depois dessa tua volta com tanto de suave como de inesperada.
Noutras noites sonho que se passam semanas, meses… até que percebo que tu não voltas. Tu, que nunca lutaste por mim. Também nunca te fui propriamente difícil. Sempre gostei mais de ti do que (talvez) devia. Sempre gostei mais do que se calhar tu precisaste, e por isso nunca fui peça que fizesse muita falta no teu puzzle. Sem saber ao certo se por medo de uma espera interminável, se de um dia me reencontrar contigo, como já aconteceu em tempos, e não te encontrar sozinho, viro a página… encerro o capítulo! Começo outro… Para que, mesmo que um dia te veja por aí, pelo menos estou certa que não coloquei nos teus ombros qualquer peso de responsabilidade pela melancolia da minha espera. És livre. Não te julgo, pois os caminhos que escolhes são só teus. Nunca fiz parte de ti o suficiente para poder tomar parte nas tuas escolhas, para me sentir incluída na tua vida a esse nível. Não digo isto porque me sinta magoada, digo apenas como alguém que faz por discernir o lógico, de coração aberto e uma energia pronta a renovar-se.
O que vale, é que sonhos… são apenas sonhos…
(imagem tirada da net)
Hoje vi-te. Toquei a tua pele ao de leve. Senti o teu cheiro. Andei o resto do dia a sentir o teu cheiro… fico impregnada de ti, inebriada. Guardo o teu sorriso sob a luz brilhante do sol, luminoso, incandescente, cegante, tocante.
Um curto momento, com nada de especial ao olhar dos insensíveis. Mas tu sentiste essa energia que nos rodeou. Tu sentiste, e eu nem dei conta que tu a sentiste… Mas tu mostraste-me que ela ainda existe. Escondida, adormecida. Que de vez em quando nos traz memórias, nos mostra imagens de um futuro imaginário, quase possível…
Continuo a acreditar que é possível mudar de rumo quando as coisas não correm tão bem. É preciso força, coragem, determinação, mas acima de tudo parar, sentir, e ser-se verdadeiro connosco e com os outros.
De há uns tempos para cá achava que não tinha muitas razões para sorrir. O cansaço instalou-se, derrubou-me, mas não por muito tempo. Com calma vou descobrindo novas fontes de tranquilidade. Ler um livro que engrandeça a alma, que ajude a plantar uma nova esperança. Dormir um sono tranquilo, regenerador, precioso. Dar ao corpo e à mente as forças necessárias para poder acompanhar uma alma tão inquieta como a minha. Porque o que eu sou não se vai perder. Este ser cuja criatividade não permito que esgote, cujo sentimento estará sempre em primeiro lugar, porque é sentindo que se conhece o mundo, que se aprende, que se cresce.
Cada dia é uma agradável surpresa. Pode não ser uma alegria imediata, há apenas que entender o que é importante retirar dele. Cada dia é um passo, maior ou menor, para a construção de nós mesmos, uma semente que havemos de colher depois. Dependendo das nossas escolhas, o que colheremos serão rosas com espinhos ou espinhos com rosas. E eu sei que no meio dos meus espinhos serei sempre capaz de colher rosas perfumadas.
Alguém me dizia ontem que há momentos em que me ilumino. Quero aprender a guardar essa luz em mim e fazer que perdure. Sei que ela existe sempre, mas por vezes fazem-me esquecer dela. Quero aprender a poupar essa energia e a distribuí-la por todos os momentos. Tornar cada momento uma chama acesa. Conseguir ver para lá da superfície e tornar especial cada segundo pondo um pouco de mim em cada um.
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