(imagem tirada da net)
Aos nossos atletas nos jogos Olímpicos (agora não se fala noutra coisa), foi-lhes dado um objectivo a cumprir e foi-lhes pedido que fizessem o melhor possível para o atingir, o pódio, a medalha… (afinal é para isso que recebem os apoios, é o mínimo). Agora olhamos para eles pelos ecrãs das televisões e ouvimo-los dar desculpas esfarrapadas para aquilo que nem perto chegaram de alcançar (pelo menos alguns deles). Na nossa vida também estabelecemos metas, e muitas vezes bem díspares da nossa vulgar linha de comportamento. Muitas vezes reflectimos e decidimos mudar.
Para algumas pessoas que conheço o normal, depois de um objectivo traçado, é tentar convergir cada pensamento, cada acção, numa linha coerente de raciocínio, fazer as escolhas do dia-a-dia de acordo com a meta definida, até nas coisas mais simples. Não preciso mencionar o nome de ninguém para saber que as pessoas de quem me estou a lembrar neste preciso momento, são pessoas de carácter, determinadas. Não são de baixar os braços, sabem bem quem são e o que querem, e onde querem chegar. Eu admiro-os muito por isso. Há momentos que, sinceramente, gostava de ser mais assim. Mas a minha essência é um pouquinho diferente.
A verdade de que sou feita é muitas vezes contraditória, um quase constante jogo de forças. Mas como tudo o que é contrário se complementa, também sei que só sendo assim, uma mistura de opostos, me sinto completa. Até nisto existe contradição, porque os opostos que me confundem num momento, são também os que me fazem sentir eu mesma.
Não dou desculpas esfarrapadas quando sinto que preciso de algo na minha vida e as minhas acções não acontecem todas em consonância com isso, como seria de prever, mas não é por hoje ter feito algo diferente que torna isso errado, que deixo de pensar ou sentir como antes. Pelo contrário, eu preciso de ambas as coisas em cada momento porque ambas fazem parte de mim, e por isso serão sempre escolhas certas (mesmo correndo o risco de não serem escolhas felizes).
Não digo que um dia não mudarei a minha visão, as minhas opiniões, as minhas necessidades, que consiga passar a definir uma meta e fazer convergir as minhas acções e ideias para ela, mas por agora os meus passos desenham apenas uma nuvem de pegadas, um tanto confusas é certo, mas apesar disso, com tendência a apontar numa única direcção, a minha meta.
(imagem tirada da net)
Dois eternos namorados…
Hoje parei para pensar, e reparei em algo com tanto de simples como de fascinante…
Reparei que a palavra músico no feminino não existe… ou melhor, existe mas assume um significado totalmente diferente. Música não é o feminino de músico, não é a mulher que faz a música, é a própria da melodia, do ritmo, da letra, dos sons… das notas e das pautas… tudo junto, em total e plena harmonia… a música.
A musa do músico, a diva, a essência, o coração do criador de sons… a pedra filosofal do alquimista que, quando junta todas essas partículas elementares, consegue criar luminosas barras douradas. O músico é o cientista que recolhe o ADN da própria alma e o replica vezes sem conta em cada criação, em cada música. A música é a criação do céu pelas mãos do homem... Deus quer, o homem sonha, a obra nasce. A obra mais bela, com as formas mais perfeitas, com a cor que cada um a quiser pintar, que antes de ser tocada já nos tocou primeiro.
A natureza da música é ser mulher… é ser amável, é ser amada… a natureza do músico é ser amante, perdida e eternamente apaixonado.
Passamos a vida a dizer que somos o que fazemos. Somos profissionais, somos família, somos amigos, somos sempre algo que implica foco no exterior de nós mesmos. E como se não bastasse nunca estamos satisfeitos com o que projectamos, falta-nos sempre alguma coisa, porque achamos que podemos sempre ser mais e melhor. Na verdade, se por momentos conseguíssemos retirar da nossa vida o trabalho, a família, os amigos, os bens materiais, tudo onde nos projectamos, o que fica afinal? Fica o que realmente somos, a nossa essência, a nossa vibração mais profunda, a nossa luz.
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