Pois é, parece que alguém teve a amabilidade de me oferecer um prémio (é onde diz Ana).
Não sei muito bem o que é que isso quer dizer, se anda para aí gente que não é muito exigente no que lê ou se simplesmente eu até escrevo umas coisitas engraçadas.
De qualquer forma só tenho a agradecer. Por isso, e porque têm passado neste cantinho nos últimos tempos pessoas muito queridas que, apesar de não me conhecerem de parte alguma, me têm passado muita luz nos comentários que fazem. A todos um grande beijinho e continuem a iluminar as vidas de quem se cruza convosco, pois eu cá… tentarei fazer o mesmo.
(imagem tirada da net)
Sinto uma confusão de ideias tremenda dentro de mim. Um sentimento de perda. Não direi exactamente antecipado, porque já não te sinto comigo há uns tempos, falta apenas o golpe final, a tesourada na corda. Ao mesmo tempo tudo me impulsiona a não baixar os braços, a dar o melhor de mim, a tentar fazer de cada momento, contigo ou sem ti, um momento de alegria, um momento de luz.
Tento arranjar forças para conseguir iluminar os meus momentos, aqueles em que estou sozinha, em que estou com outras almas além de ti. Tento iluminar-me junto delas pois tudo na vida são puras trocas de energia, e quanto mais se dá mais se recebe. Tento recordar-me desta verdade por tempos esquecida dentro de mim.
Esqueci. E como tudo o que se esquece, custa a enraizar de novo. É preciso esforço para que as nossas verdades esquecidas nos entrem de novo na pele até às veias e comecem a circular de novo dentro de nós. É preciso persistência para se ser o que se quer ser, para nos melhorarmos a cada dia que passa.
Estagnei, por uns tempos parei e não evoluí mais. Pode nem ser esta a verdade mas é o que sinto. Agora que dei conta, é tempo de voltar ao caminho certo, ao caminho que me leva para mais perto de mim, para mais perto da minha luz.
Ontem á noite chorava. Chorava de uma tristeza automática, de uma tristeza vulgarmente triste. Chorava por coisas que tive e já não tenho. Chorava porque me deixei levar por um coração escurecido, adormecido na dor da perda. Chorava por esses motivos que toda a gente chora quando ama da maneira errada, quando ama para ter e não para dar… chorava. Hoje acordei num dia novo, com resquícios de um adormecer atribulado, mas com uma vontade de me redireccionar, de tomar outra postura perante aquilo que me atormenta, o medo de te perder. O medo de te deixar ir e que não voltes mais.
Deixei-te entrar na minha vida de uma forma que não permiti a mais ninguém. Só a hipótese de ter de te deixar ir me assombra. Mas é uma hipótese. Tento perceber se a mais fácil ou a mais complexa, a mais correcta ou o erro mais crasso. Aposto que nem tu ainda saber a resposta…
(Imagem tirada da net)
É noite cerrada dentro destas quatro paredes. Está escuro neste quarto porque tu não estás. A ausência de luz que os meus olhos vêem deixa-me perceber o desenho dos teus lábios, os contornos do teu rosto, os traços do meu desejo como se aqui estivesses.
Mas se aqui estivesses haveria luz, uma chama acesa entre dois corpos, separados apenas por uma película de universo. Haveria a luz incandescente de uma paixão à luz das velas, de uma paixão deitada num tapete diante de uma lareira acesa.
Mas tu não estás. Existe apenas a ilusão da tua presença nos desenhos que o meu pensamento faz de ti, nas paredes deste quarto. Existe o teu cheiro entranhado na minha memória, e uma infinidade de gestos e sensações que só tu me deixas quando estás, e que perduram na tua ausência. O meu corpo perde-se neles. O meu corpo confunde-se com eles. São tantos e tão profundos, mas todos eles só me mostram que tu não estás, porque se estivesses era a ti que eu sentiria no meu corpo, e não a eles…
(imagem tirada da net)
Está frio… está um frio gélido nesta cama, onde só eu me encontro na imensidão dos lençóis. Sabe tão melhor ter-te comigo no meio deles… Está um frio que vem de dentro. A respiração faz uma nuvem de vapor que perco de vista com o baixar das luzes. Sabe tão bem quando és comigo o calor que só por si aquece todo o quarto… não bastam os castelos que vamos construindo à nossa volta para permanecermos felizes. Não bastam as palavras doces que vamos dizendo um ao outro ao longo do dia para que nenhum esqueça do que o outro sente. É preciso caminhar junto e próximo, reunir essas gotas de luz que existem dentro de cada um de nós e iluminar o caminho.
(imagem tirada da net)
Hoje quis pegar numa qualquer geringonça, dessas cheias de tecnologia e tirar-te um retrato, mas nenhuma delas foi capaz de reproduzir com exactidão quem tu és. Nenhuma máquina é capaz de captar a leveza do teu sorriso num encadear de momentos infinitamente pequenos. Podem até mostrar a cor dos teus olhos, o brilho que eles emanam, mas nenhuma é capaz de mostrar o que está para além desse olhar. A força e a vida que te inspiram e te fazem andar com estrelas no lugar de olhos.
Nenhuma máquina mostra as tuas verdadeiras cores… O azul do céu que crias onde quer que estejas, do amigo leal que és, da subtileza de gestos e palavras, dos teus sonhos e pensamentos, do ar que respiras e suspiras. O verde da tua esperança e da que colocas, sempre que é preciso, no colo de quem de ti se aproxima, mas também da frescura dos lugares que mais gostas, da tua juventude e instinto protector. O amarelo da alegria, da tua luz, da energia que passas em tudo o que fazes, e do teu optimismo. O laranja da tua agilidade e espontaneidade que tanto já me fizeram rir e sorrir. O vermelho das paixões, dos amores tocados, sentidos e assimilados pelas tuas próprias mãos. O castanho dos teus cabelos, das responsabilidades a que nunca viras costas, da maturidade, da simplicidade, e do conforto que é ter-te por perto. O preto do mistério que há em ti por vezes, da magia, e também da dignidade, que é a tua medalha no peito. E o branco da paz, calma e inocência que ainda guardas em ti, capazes de tornar a coisa mais simples que faças na mais deliciosa.
Nenhuma máquina pode mostrar o reflexo da alma que preenche o teu corpo de vida e de verdade. Nenhum objecto foi inventado ainda, capaz de representar numa imagem, um corpo e uma alma, num só.
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