(imagem tirada da net)
A chuva corre lá fora, rua abaixo, por entre pedras e piriscas de cigarro. Lava passeios, olhos tristes e almas cheias de culpas e medos. Leva também as pegadas dos meus sapatos altos, enquanto danço contigo, no meio da rua, uma valsa vianense, de roupa colada no corpo… entre beijos de mel e amor… como nos filmes. Entretanto vou voltando a mim, aterro neste lugar escondido entre quatro paredes, com a testa já fria do vidro da janela, de olhos postos na rua. E o pensamento que já ia tão longe… que nem folha de árvore na beira da estrada em dias de tempestade, como o de hoje. Sem ter dado conta já a chuva me tinha levado para bem longe daqui. Já andava outra vez nesse lugar, no país dos romances e das paixões embriagantes, que me dispersam e me roubam o tempo e o chão. Tempo que eu perco em viagens sem destino certo. Chão que eu não encontro cada vez que regresso. Preciso tirar umas férias desse lugar! Preciso passar uns tempos sem lá voltar…
Parecendo que não, estes dias até me fazem bem. Ajudam-me a tomar decisões.
(imagem tirada da net)
Como pensar em nós próprios sem parecermos egoístas, egocêntricos ou narcisistas?
Pensar em nós não é sinónimo de esquecer tudo e todos os que estão à nossa volta, ainda que só por instantes.
A melhor maneira de melhorar auto-estima, autoconfiança, é começando por aprender a gostar mais de nós. É dando-nos mais tempo, mais valor. Em nenhum lado está escrito que para isso é preciso pôr de parte todo o universo a que normalmente cedemos o nosso tempo. O segredo está no equilíbrio. No equilíbrio entre nós mesmos e os outros. No dividir o tempo e o pensamento nas quantidades certas… nem de mais, nem de menos. O equilíbrio é sempre o melhor caminho…
(imagem tirada da net)
Por vezes também me sinto como tu, acabo perdida na tentativa de me definir a mim própria. Os desafios vão surgindo, e na tentativa de os superar o melhor possível, procuro em mim a MINHA resposta… mas no meio de tantas possibilidades não me encontro, é tudo aproximado mas tão pouco certo ou seguro. Perco-me dentro de mim, quase no desespero de não saber quem sou por vezes, porque sei ser tanta coisa… Tento olhar para mim como se fosse duas, eu… e a que olha de fora, com uma visão o mais imparcial possível. Analiso-me, valorizo-me, critico-me, o que for preciso para poder chegar mais perto de mim. Mas no final de tantas voltas chego à conclusão de que, por vezes, isso já não resulta. Ou as situações vão sendo mais complexas ou eu adquiri a capacidade de as complicar. É o resultado de se pensar demais, a mente adquire elasticidade e acabo embrulhada na minha própria teia de pensamentos.
Nesta altura tento simplificar, fecho os olhos, respiro de vagar, sinto o maior dom que tenho, a vida. Isolo os meus sentimentos como átomos de moléculas complexas. Então chego bem perto dessa partícula elementar a que chamo de Amor e fico assim… a sentir, todo o amor que me circula em vasos paralelos às veias. É nesse longo instante que consigo decifrar a MINHA resposta… deixar ser o que tiver de ser. As decisões nem sempre têm de ser tomadas quando queremos ou quando pensamos que precisamos delas. As coisas simplesmente vão surgindo e as respostas com elas, no seu devido tempo. Não preciso de “correr” atrás de mim, porque quando é preciso, basta-me parar, deixar acontecer. Começo a emergir como uma chama que vai ganhando força, lentamente, sem forçar. A simplicidade está em deixar as coisas tomarem o rumo que têm de tomar… e tudo acontece na sua devida ordem.
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