(imagem tirada da net)
Por vezes também me sinto como tu, acabo perdida na tentativa de me definir a mim própria. Os desafios vão surgindo, e na tentativa de os superar o melhor possível, procuro em mim a MINHA resposta… mas no meio de tantas possibilidades não me encontro, é tudo aproximado mas tão pouco certo ou seguro. Perco-me dentro de mim, quase no desespero de não saber quem sou por vezes, porque sei ser tanta coisa… Tento olhar para mim como se fosse duas, eu… e a que olha de fora, com uma visão o mais imparcial possível. Analiso-me, valorizo-me, critico-me, o que for preciso para poder chegar mais perto de mim. Mas no final de tantas voltas chego à conclusão de que, por vezes, isso já não resulta. Ou as situações vão sendo mais complexas ou eu adquiri a capacidade de as complicar. É o resultado de se pensar demais, a mente adquire elasticidade e acabo embrulhada na minha própria teia de pensamentos.
Nesta altura tento simplificar, fecho os olhos, respiro de vagar, sinto o maior dom que tenho, a vida. Isolo os meus sentimentos como átomos de moléculas complexas. Então chego bem perto dessa partícula elementar a que chamo de Amor e fico assim… a sentir, todo o amor que me circula em vasos paralelos às veias. É nesse longo instante que consigo decifrar a MINHA resposta… deixar ser o que tiver de ser. As decisões nem sempre têm de ser tomadas quando queremos ou quando pensamos que precisamos delas. As coisas simplesmente vão surgindo e as respostas com elas, no seu devido tempo. Não preciso de “correr” atrás de mim, porque quando é preciso, basta-me parar, deixar acontecer. Começo a emergir como uma chama que vai ganhando força, lentamente, sem forçar. A simplicidade está em deixar as coisas tomarem o rumo que têm de tomar… e tudo acontece na sua devida ordem.
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